CAROÁ

O CAROÁ (Coletivo de Antropologia das Resistências e Ontologias Ambientais) é um núcleo de pesquisa que busca explorar uma tendência recente da antropologia interessada por processos vitais para além dos limites do divisor natureza e cultura. Uma antropologia da vida (sem o qualificativo “social” ou “cultural”) atenta a diversas ontologias, pragmáticas e éticas ecológicas, a convivialidades multiespécies, às relações entre humanos e animais, plantas, espíritos, paisagens, objetos. Arranjos de existentes que geralmente não são considerados nem como sujeitos, nem como partícipes da política e dos processos de resistência. Trata-se de uma perspectiva não antropocêntrica de estudos que vem sendo desenvolvida, por exemplo, no campo da antropologia da ciência e da tecnologia, etnologia indígena, antropologia das populações afro-brasileiras, antropologia simétrica, estudos ecofeministas e antropologia do patrimônio.

O núcleo reúne pesquisadores, estudantes de graduação e de pós-graduação e objetiva estimular pesquisas etnográficas experimentais, desenvolver projetos coletivos de pesquisa e extensão, e fortalecer a articulação com uma rede de pesquisadores desses campos temáticos. Caroá é uma planta do sertão, especificamente do bioma da caatinga, que resiste a longos períodos de estiagem, reproduz-se sem cultivo e possui a capacidade de crescer sobre rochas ou superfícies com o mínimo de nutrientes. Como uma planta resiliente relacionada a atividades artesanais, ela também inspira esse núcleo que pensa a antropologia como um ofício artesanal e uma forma de compor com outros modos de existência e de resistência.

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