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Mostra de filmes mexicanos: Temporalidades, memórias e devaneios no cinema mexicano

Evento será realizado entre os dias 17 a 21 de agosto de 2015 no Cine UFG.

Curadoria: Luis Felipe Kojima Hirano e Roberto Lima.

O evento  será realizado entre os dias 17 a 21 de agosto de 2015. Pretende-se discutir a produção cinematográfica mexicana e proporcionar aos estudantes da UFG e ao público goiano em geral um contato com o cinema mexicano.
O evento contará com uma conferência de abertura, ministrada por representante da embaixada do México no Brasil, seguida de debate; uma mesa redonda sobre o cinema mexicano, com professores mexicanos e brasileiros; e uma apresentação de cinco filmes, cedidos pela embaixada do México.
O local de realização será no Cine UFG, localizado no prédio da Faculdade de Letras da mesma Universidade. Este cinema possui equipamentos e acústica adequados para projeção de cinema em película e/ou meios eletrônicos. O projeto é fruto de uma parceria entre o PPGAS/UFG, a Faculdade de Ciências Sociais (FCS), a Pró-Reitoria de Extensão e Cultura - PROEC (responsável pelo Cine UFG), a Embaixada do México e a FAPEG.
Tema da mostra: Temporalidades, memórias e devaneios no cinema mexicano
A memória é perpetuamente invadida pela imaginação e o devaneio e, como existe uma tentação de crer na realidade do imaginário, acabamos por transformar nossa mentira numa verdade. O que, por sinal, tem apenas importância relativa, já que uma e outro também são vividos, ambos igualmente pessoais. – Luis Buñuel, em Meu último suspiro, 2009.
Os filmes dessa mostra traçam diferentes maneiras de lidar com tempo, seja através de concepções do devir histórico, seja pelo modo como as memórias dos personagens se mesclam a devaneios.
Em O violino, uma concepção de história cíclica encadeia a trama como uma repetição sem fim de eventos similares, de geração a geração, em que a música e a luta armada se unem como formas de resistência.
Já em Amores brutos, a temporalidade ganha dimensão espacial através das pegadas dos cães na cidade do México, enredando destinos de pessoas que não se conhecem, numa trama em que os fios que conectam os personagens são frágeis, mas, ao mesmo tempo, rebarbativos.
A realidade abre espaço para a imaginação em Um lugar sem limitesOs pedreiros e Intimidades de Shakespeare e Victor Hugo. Nesses filmes, a dimensão do devaneio não segue as formas convencionais de introduzir a subjetividade do personagem por meio de um close-up, mas surgem silenciosamente, embaralhando presente e passado, o real e o fantástico. 
É nessa mescla entre pares antinômicos que descortinamos a história de La Manuela e sua filha, em Um lugar sem limites.
O longa Os pedreiros dá ao espectador possíveis pistas para o assassino de um crime por meio do embaralhamento entre o tempo pretérito e o coetâneo, num mosaico de vozes em que os devaneios se articulam com a situação de classe de cada personagem.
A fluidez entre memória e imaginário é levada ao extremo no documentário Intimidades de Shakespeare e Victor Hugo. Yulene Olaizola, ao acessar as reminiscências de sua avó sobre uma estranha relação do passado, com um hóspede de sua casa, descortina uma história reveladora, para não dizer, assombrosa, em que a realidade flerta com o fantástico a ponto de diluir as fronteiras éticas. 
As formas de lidar com as múltiplas temporalidades ganham expressões nos filmes da mostra, fornecendo uma degustação daquilo que há de melhor na tradição cinematográfica mexicana.
PROGRAMAÇÃO

Horário/ dias 17/8 18/8 19/8 20/8 21/8
12-14 1ª sessão Amores brutos 2ª sessão Os pedreiros 3ª sessão  O violino 4ª sessão O lugar sem limites 5ª sessão Intimidades de Shakespeare e Víctor Hugo
17:30-20 Conferencia de abertura 1ª sessão Intimidades de Shakespeare e Víctor Hugo 2ª sessão O lugar sem limites 3ª sessão Os pedreiros 4ª sessão  O violino Conferência de encerramento 5ª sessão Amores brutos
20-22 Continuação da 1ª sessão  e debate       Continuação da 5ª sessão e debate