33 rba

33ª Reunião Brasileira de Antropologia

Está no ar o site da 33ª Reunião Brasileira de Antropologia! Lá estarão disponíveis todas as informações sobre o evento, que acontecerá entre 28 de agosto e 03 de setembro de 2022 em modo remoto. Optamos pelo encontro on-line, pois nos pareceu prematuro neste contexto em que ainda há incertezas sobre o curso da pandemia, nos lançar na organização de um evento presencial do porte da RBA, garantindo todas as condições de biossegurança, sem promover aglomeração e com os desafios logísticos e orçamentários de deslocar milhares de pessoas de modo seguro. Esperamos que na próxima RBA, a reunião presencial já seja possível.
O tema desta RBA - Defender direitos e fazer antropologia em tempos extremos - nos convida a pensar sobre o papel da nossa disciplina na produção de conhecimento, na defesa da ciência e na luta pelo acesso, garantia e ampliação de direitos fundamentais e vitais das populações marginalizadas em tantos e tão diversos contextos. Nosso tema pretende também abrir a reflexão sobre o momento extremo que vivemos, no qual projetos de morte e destruição ganham contornos explícitos e escala que desafia nossa capacidade de dimensionar e sentir. Às vésperas da celebração do bicentenário da independência do Brasil e a poucas semanas de uma eleição que acontecerá sob forte tensão e temores de ruptura, a 33ª RBA será um tempo de pensar sobre limites, conflitos e resistências, sobre projetos de constante construção e destruição.  
A 33ª Reunião Brasileira de Antropologia, ainda que remota, será organizada em conjunto entre a ABA e o Programa de Pós-Graduação em Antropologia e Arqueologia (PPGAA) e o Departamento de Antropologia (DEAN) da Universidade Federal do Paraná, em Curitiba. Há 20 anos a RBA não acontece no sul do país, e há 36, em Curitiba. Será uma oportunidade da antropologia no Paraná compartilhar com a comunidade de todo o Brasil os seus temas relevantes, o conhecimento produzido na região e as lutas travadas num estado cuja história reflete de um modo muito duro a violência e o silenciamento a que foram e são submetidas as populações subalternizadas no país, onde resistir e defender direitos pode ser um desafio singular. A presença, ainda que on-line, de uma ampla parcela da comunidade de antropólogos e antropólogas de todo o Brasil no Paraná será um sinal importante de apoio e visibilidade às muitas formas de resistência que se organizam no estado.

 

33 rba

Categorias: NOTÍCIA